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18.4.20

Pedrita em apuros (Carnaval)


Cremilda e Rosilda se reencontram depois do carnaval com a pergunta clássica:
Pedrita - Desenho de naytiisuzuki - Gartic- E aí ,como foi de carnaval?
-  Acredite se quiser, me acabei no carnaval!
- É mesmo, Rosilda?
- Quase de desidratar! Corri blocos. bebi, com fantasia e tudo que tinha direito.
- Olha só... e de que você se fantasiou?
- Pedrita. Ossinho na cabeça, blusa de oncinha e tudo...tudo improvisado.
- Quero ver isso, as fotos heim? E com quem você foi?
- Com três da turma do chopinho e a titia Rosa.
- Tia Rosa, olha só, senhorinha animada, heim?
- O quê?! Nem imagina! 
-  Beleza...
-  Até  arranjei um carinha na terça-feira no Clube. E acredite, fantasiado de Barney!
- Não, mais perfeito impossível!
-  Nada, pra variar, casado...
- Casado, como soube?
- Quando perguntei negou, mas a marca de aliança no dedo é infalível..  Mas tudo bem. Brincamos o tempo todo de parzinho, demos uns amassos . Coisa de carnaval,  não ia adiante mesmo, sabe como é...
- Sei. Ahã...
- Aí na hora de ir embora, tava me despedindo, não é que se ofereceu pra me levar? Eu disse que tava com a titia e as meninas...
- E ele desistiu?
- Nada! Falou que levava todo mundo. Tinha carro, não custava. Aí eu não tive como recusar. No banheiro, a Lurdinha com sua sutileza falou "deixa de frescura, na sua idade, lavou tá novo..."
- Hahaha! Novo é exagero, né?
- Aí pegamos carona... E aconteceu o que eu temia, por mais que eu quisesse descer primeiro, ele fez um itinerário pra me deixar por último.
- Hum,  isso é clássico.
- Pois é, o Barney não era de desistir fácil, fiquei sem saber o que fazer,  e se fosse um cara sei lá, maluco...?
- Verdade, todo cuidado é pouco.
-  Deixou todas em casa, elas se despediram apreensivas,a tia Rosa com cada olho, gesticulando "me telefona", toda hora.!
- Natural.
- Aí  ele deu umas voltas por lugares meio desertos, procurando parar, ate´que reparei q estávamos sendo seguidos.
- Santa mãe! E aí?
- Aí eu disse "acho que estamos sendo seguidos".
- E ele...?
- Sorriu e disse que  era policial e andava com escolta.
- Vixe!
- E que estava jurado de morte.
- Mentira, pára, Rosilda!
- Espera! Tem mais. Senti umas coisas duras no chão do carro.
- E que coisas eram?
- Armas.
- Armas? Jesus|!
- Eram, perguntei ele acabou dizendo que precisava andar com elas...
- Eu ia ter um troço!
- Mas eu tive um troço! Vê se eu ia ficar rodando por aí com um cara cheio de arma no carro e escolta!
- É mesmo...
 - Me ocorreu uma ideia. lembrei que na hora que fui ao banheiro no clube, tirei o osso da fantasia e esqueci lá.
- Mas o que é que tem o osso?
- Foi a desculpa pra pedir que me levasse de volta ao clube, entende? De lá eu fugiria dele, era mais fácil.
- E ele?
- Ficou chateado, disse "que importância tinha um raio de um osso que merecesse ir buscar"?
- E você?
- Eu disse que era um osso de família!
- Olha, Rosi, já vi tudo de família que você pode imaginar, menos um osso!
- Mandei que era osso de estimação de meu avô, uma fantasia de viking  de 1930.
- Ah tá.
-Estava com  medo do  manjado "dá ou desce"!
- E convenceu?
- Mais ou menos,  ele contrariado acabou me levando até lá. Fiquei dando um tempo, procurando o osso. .Aí vi que ele, esperando lá fora, perdeu a paciência e foi embora com uma arrancada brusca, o comboio atrás.  
- Que situação! 
- Pior que  não achei o osso, é claro. Com certeza descartaram.
- E você o que fez?
- Os empregados do clube estavam guardando as cadeiras, sem entender nada do que eu  fazia ali, aquela Pedrita sozinha,  sem osso. Eu perguntei por acaso "vocês viram um osso por aí?" pra justificar minha presença.
- Ninguém entendeu nada, né?
- Eles se e me olharam com cara tipo "senhora, o carnaval já acabou". Peguei o celular e chamei o Uber,
-Que sorte!
- Ufa  me livrei do  Barney-polícia ou bandido, sei lá!
- Graças a Deus, heim!
- E assim a Pedrita se salvou de um troglodita... Bendito osso!
- E como  se chamava afinal esse "Barney"?
- Como ele se chamava? Boa pergunta!
- Haha, nem sabe!
- Não faço ideia.
- Coisas do carnaval.
-Coisas de carnaval

Metade baseado em fatos reais

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