─ Quem?
─ O Roni, lembra?
─ Sei, o repentista!
─ Me matava de vergonha!
─ E aí, continua repentista?
─ Continua, logo que me viu mandou um versinho!
─ Ai, eu sempre tô com pressa pra chato.
─ Impossível, é mais fácil fingir que ele não te conhece do que você fingir que não conhece ele.
─ Verdade.Tem é chato nesse mundo, heim? Lembra da nossa lista?
─ O pega- na- conversa- e- não- larga...
─ O que te cutuca quando fala...
─ O bíblia que quer te converter a todo custo.
─ O especialista, você nunca sabe o bastante!
─ O mal-humorado crônico...tudo vai de mal a pior.
─ O dom-juan de plantão...Só pensa naquilo.
─ O corpore sana, natureba...tudo faz mal!
─ E o explicadinho, tudo nos mínimos detalhes?
─ E o que dá voltas e voltas até chegar ao assunto principal...
─ Rá, esse é o fórmula um!
─ O frasista, nunca as dele, sempre as dos outros?
─ O reticente, a gente completa as frases?
─ O Maria-vai-com-as-outras, você sempre tá certa.
─ Sem esquecer os clássicos,os repetitivos, os bêbados...
─ É tanto tipo, que no final, eu acho que de louco, de médico e de chato todo mundo tem um pouco.
─ É, mas tem o chato ocasional e o chato essencial, esse é que o problema.
─ Que bom se esse chato essencial chegasse no analista e dissesse, “doutor, eu sou um chato, quero me tratar”!
─ Impossível, quem se reconhece chato?
─ Ãhn... às vezes me reconheço chata sim. Mas no padrão normal.
─ Como é que você sabe? Isso só os outros podem dizer!
─ Ah, mas quem vai dizer? Ninguém suporta ser tachado de chato!Mesmo que saiba que é chato.
─ É verdade, mas há tolerantes com chatos, que os compreendem.
─ Sei não.Quem compreende chato é chato, pode contar.
─ Que nada! Capaz de até aparecer alguma ONG de Apoio ao Direito dos Chatos de te Chatear.
─ Ou um partido: Chatos do mundo: Uni-vos! Olha, garanto que esse passa na cláusula de barreira, viu?
─ Todo mundo devia fazer um auto-exame, como o de câncer. Olhar-se no espelho uma vez por ano e se perguntar: “sou ou não sou um chato”?
─ Que tal um aparelho, um chatômetro? Acusaria traços, fortes tendências ou chatice terminal. Você usaria em casa, no banheiro, claro.
─ O melhor teste é o velho teste da gangorra. Assim que o chato senta, todo mundo se levanta.
─ Ou do bode. Assim que o chato entra, todos saem.
─ Hum.
─ O que foi?
─ Não, nada...ainda bem.
─ Ainda bem, o que?
─ Nunca passei pelo teste da gangorra nem do bode, pelo menos como protagonista.
─ Nem eu.
─ É, mas cuidado, tem sempre a primeira vez...
. . .
─ Hum, Cremilda, sabe de uma coisa? Tô achando que você tende um pouquinho para o tipo frasista...
. . .
─ E se eu disser que você tende um tantinho para o tipo especialista?
─ E o explicadinho, tudo nos mínimos detalhes?
─ E o que dá voltas e voltas até chegar ao assunto principal...
─ Rá, esse é o fórmula um!
─ O frasista, nunca as dele, sempre as dos outros?
─ O reticente, a gente completa as frases?
─ O Maria-vai-com-as-outras, você sempre tá certa.
─ Sem esquecer os clássicos,os repetitivos, os bêbados...
─ É tanto tipo, que no final, eu acho que de louco, de médico e de chato todo mundo tem um pouco.
─ É, mas tem o chato ocasional e o chato essencial, esse é que o problema.
─ Que bom se esse chato essencial chegasse no analista e dissesse, “doutor, eu sou um chato, quero me tratar”!
─ Impossível, quem se reconhece chato?
─ Ãhn... às vezes me reconheço chata sim. Mas no padrão normal.
─ Como é que você sabe? Isso só os outros podem dizer!
─ Ah, mas quem vai dizer? Ninguém suporta ser tachado de chato!Mesmo que saiba que é chato.
─ É verdade, mas há tolerantes com chatos, que os compreendem.
─ Sei não.Quem compreende chato é chato, pode contar.
─ Que nada! Capaz de até aparecer alguma ONG de Apoio ao Direito dos Chatos de te Chatear.
─ Ou um partido: Chatos do mundo: Uni-vos! Olha, garanto que esse passa na cláusula de barreira, viu?
─ Todo mundo devia fazer um auto-exame, como o de câncer. Olhar-se no espelho uma vez por ano e se perguntar: “sou ou não sou um chato”?
─ Que tal um aparelho, um chatômetro? Acusaria traços, fortes tendências ou chatice terminal. Você usaria em casa, no banheiro, claro.
─ O melhor teste é o velho teste da gangorra. Assim que o chato senta, todo mundo se levanta.
─ Ou do bode. Assim que o chato entra, todos saem.
─ Hum.
─ O que foi?
─ Não, nada...ainda bem.
─ Ainda bem, o que?
─ Nunca passei pelo teste da gangorra nem do bode, pelo menos como protagonista.
─ Nem eu.
─ É, mas cuidado, tem sempre a primeira vez...
. . .
─ Hum, Cremilda, sabe de uma coisa? Tô achando que você tende um pouquinho para o tipo frasista...
. . .
─ E se eu disser que você tende um tantinho para o tipo especialista?
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